O que dizer?
Segue o caminho, qual caminho? Não sabemos, nem queremos saber. Nunca mais o veremos, do pó viemos ao pó tornamos. Cinzas às cinzas, pó ao pó.
Manter-se-ão as lembranças, indeléveis. As alegres, sempre. As más recolhemos à sua insignificância. Não são importantes, apesar da insistência em apresentá-las, basta ler jornais ou ir ao cinema.
Vão-se os verdadeiramente bons, ficamos os malvados, indiferentes, torpes. A vitória é dos perdedores, a derrota dos ganhadores, sempre assim, desde o momento em que descemos das árvores.
Um certo sociólogo disse: não é miserável, é apenas injusto. Falava do país. Aumente-se isso para o planeta todo e a natureza. É grande sociedade injusta, essa natureza. Que nos leva o amigo, injustamente.
O bom homem, o bom pai, o melhor dos maridos, o excelente colega, o ótimo funcionário, o grande gerente. Enfim daqueles dir-se-ia: não apenas um bom homem, certamente dos melhores.
Esquálido em sua fúnebre alcova, abatido pela tortura da incompreendida escolha, a face pálida, porém em paz. Nos despedimos pesarosos, um tanto revoltados. Nem o clima a colaborar, com o vento e a garoa fria.
Ou também a chorar, pelo erro cometido?
Porém logo ele? Não é certo...Mas o que é certo?
Adeus, caríssimo amigo Christian, pouco pudemos por ti fazer.
Algumas tristes linhas pela despedida do amigo Christian Adolf Iezzi Gassert, 4.12.1955 - 2.10.2010