Aqui está tudo ótimo!
A incessante revolta a grassar mundo afora, agora mordiscando a Espanha, Portugal e Grécia, tem seu foco nos políticos incompetentes, nos funcionários públicos folgados e autoritários, nos bancos centrais corrompidos e benevolentes com os bancos comuns, nos imãs prometem o céu e garantindo bombas com famílias destroçadas, nas ditaduras de séculos, no desemprego e na sabedoria “primeiro-o-meu”.
Leio que na Espanha o desemprego para jovens de 18 a 25 anos beira os 40%, na África do Norte a média é de 30%.
O tal socialismo de resultados nesses países europeus mostrou-se apenas eficiente em angariar pesados empréstimos para garantir investimentos em áreas sempre não-prioritárias, como ajuste salarial equivalente à Europa Central para professores universitários, gastos militares inúteis e sempre, sempre, sempre mais funcionários públicos, com gordos planos de pensão, estáveis obviamente.
De repente a perigosa direita fascista ou o comunismo ditatorial fincam pé e são tolerados, como na Finlândia; a massa quer empregos e consumo (vejam a China.)
A garantia de emprego para milhares de funcionários públicos a preço de ouro não garante a felicidade de milhões ainda no desemprego.
A ditadura imperial antiquada perde apoio, pois não garante emprego às massas, apenas aos poucos puxa-sacos. E os jovens em suas redes sociais cansaram do autoritarismo de séculos, querem, de fato, liberdade e o direito de estudar, progredir, empreender e viver um tantinho em menos miséria.
Nada disso ocorre aqui, está tudo muito bem. Nossos políticos, José Sarney à frente, são competentes e não pensam em si primeiro, nem na reeleição: pensam no povo. Assim os demais, como o chefe da casa civil (em minúsculas, óbvio), ex-prefeito de Ribeirão Preto e tão dedicado médico sanitarista: Antonio Palocci.
Seu faturamento com a pequena empresa de consultoria que mantém, em 5 anos, alcançou a média de uma empresa de 50 anos, com 65 funcionários.
Isso se chama e-f-i-c-i-ê-n-c-i-a, amigos.
Estamos todos felizes com o bem-estar da nação assim conduzida. Em mais 40 anos teremos derrubado aquele mato todo na Amazônia, com mais 5 ou 6 estados novos, 18 senadores a mais e talvez uns 100 deputados, 1000 vereadores, novas capitais...
Quem sabe até lá ¼ da população seja de funcionários públicos de todas as matizes e importaremos o que é necessário, vendendo o que temos de sobra, como minério de ferro, açúcar e soja.
Como fazíamos até 1910...
A volta ao passado nos trará tranqüilidade, nessa mega-parceria com a China.
Importar luxos e exportar produtos primários, somos assim.